sexta-feira, 10 de maio de 2013

Eça de Queiroz - O maior novelista português


José Maria Eça de Queiroz 

Nasceu em 25 Nov de 1845 na Póvoa do Varzim, morreu em 16 de Agosto de 1900 em Paris


Novelista inclinado às reformas sociais foi quem introduziu o naturalismo e realismo em Portugal. É considerado por muitos como o maior novelista Português e é certamente o novelista Português mais destacado do século XIX.

José Maria de Eça de Queiroz nasceu numa casa da praça do Almada na Póvoa de Varzim, no centro administrativo da cidade; foi baptizado na Igreja Matriz de Vila do Conde . Filho de José Maria Teixeira de Queiroz, um magistrado proeminente e de Carolina Augusta Pereira d'Eça. 

Eça de Queiroz foi baptizado como "filho natural de José Maria d'Almeida de Teixeira de Queiroz e de Mãe incógnita".


Praça do Al

 Póvoa de Varzim - Casa onde nasceu Eça de Queiroz
Este misterioso assento dever-se-á ao facto de a mãe do escritor, Carolina Augusta Pereira de Eça, não ter obtido consentimento da parte de sua mãe, já viúva do coronel José Pereira de Eça, para poder casar.

De facto, seis dias após a morte da avó que a isso se opunha, casaram os pais de Eça de Queiroz, já o menino tinha quase quatro anos. Por via destas contingências foi entregue a uma ama, aos cuidados de quem ficou até passar para a casa de Verdemilho em Aradas, Aveiro, a casa da sua avó paterna que em 1855 morreu.

Nesta altura foi internado no Colégio da Lapa, no Porto, de onde saiu em 1861, com dezasseis anos, para a Universidade de Coimbra onde estudou direito. Além do escritor, o casal teria mais seis filh

Eça de Queirós formou-se em Direito em 1866 na Universidade de Coimbra e depois vai para Lisboa. É aqui que o seu pai o ajuda na sua carreira como advogado. No entanto, o verdadeiro interesse de Eça de Queirós reside na literatura, e escreve pequenas histórias - irónicas, fantásticas, macabras, e bastante chocantes -- e ensaios, com uma variedade de temas na Gazeta de Portugal.

Em 1871 associou-se a um grupo de intelectuais rebeldes portugueses inclinados ás reformas sociais e artísticas conhecida como a Geração dos 70. Eça de Queirós denuncia a literatura portuguesa contemporânea como hipócrita e com falta de originalidade.

Serviu como Cônsul, primeiro em Havana (1872-74), depois na Inglaterra -- em Newcastle (1874-79) e em Bristol (1879-88). Durante este tempo escreveu as novelas pelas quais é mais conhecido, e tentou reformar através da literatura , a vida social em Portugal, expondo o que ele chamou de escuro e absurdo na ordem social tradicional. 

A sua primeira novela, O Crime do Padre Amaro (1876), descreve os efeitos destrutivos do celibato num padre de fraca personalidade e os perigos do fanatismo religiosos numa vila provincial portuguesa. 

Um pouco de sátira num ideal de paixão romântica - se é paixão romântica o que se poderá chamar à leviandade da"prima" Luísa - aparece na sua seguinte novela, O Primo Basílio (1878).

A sátira cáustica caracteriza a novela que é considerada a obra prima de Eça de Queirós, Os Maias (1888), um apanhado em detalhe, da classe média alta e aristocrática da sociedade portuguesa. O tema é a degradação de uma família tradicional envolvida numa série relações sexuais enredadas entre parentes, e que tentam mostrar a decadência da sociedade portuguesa daquela altura.

Eça de Queiroz já tinha tentado este tema, mas de forma mais atrevida e audaz na Tragédia da Rua das Flores, que ficou cerca de 100 anos na gaveta do esquecimento ( Publicado em 1980 ).

A Relíquia, o Mandarim, a Ilustre Casa de Ramires, O Conde de Abranhos, A Capital, a sua tradução das Minas de Salomão - a única tradução no mundo que é melhor que o original - são outras das muitas obras de Eça de Queiroz. São dignas de leitura, e esclarecedoras da universalidade do seu espírito, as suas Cartas de Inglaterra, de Paris e as cartas de Fradique Mendes. 

O problema da Irlanda , o Israelismo , e o Afeganistão eram problemas no século XIX, que Eça relata com mestria e que continuam a ser problemas no século XXI. 

As suas últimas novelas são sentimentais, como o seu último trabalho A Cidade e as Serras (1901; que exalta a beleza da vida no campo e as virtudes da vida rural. Eça de Queirós foi colocado como cônsul em Paris, onde viveu até à sua morte.

Condensado da Enciclopédia Britânica









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